quarta-feira, 27 de julho de 2011

Dezoito


Se as palavras tampassem os vazios
Estaria cheia de mim mesma
Toda hora medindo atitudes
Sim é uma merda

O controle é incontrolável
E a vontade é esquecer dos dias
Vendo eles se tranformando
Em uma massa de verdades hipócritas

Que eu digo para os outros
E espero que os outros digam pra mim
Quando a única verdade
É que ninguém de fato é feliz

Isso soa revolta e tristeza certo
Mas não é
É só o imesurável contato com a realidade
Tão óbvia, tão dura

Como o concreto
Cinza e indigestos
Da nova cidade que devo engolir
Com suas poucas cores e muitos valores

Que eu prefiro esquecer
Diante das minhas múltiplas personalidades
Que surgem como pequenos oasís
Onde me iludo e me destruo

E o resto é só resto
Uma mulher nasceu de dentro de mim
Quando menos esperei
E não sei por quanto tempo à aguentarei

Não que eu não tenha me aguentado todo esse tempo
Porém agora descobri que a vida me enganou
E o que era ruim ficou suportável
Diante dessa estúpida vida "adulta".


By:Mah

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