quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Boa Noite!!!

Carta aos Orixás


Carta aos orixás
Por: Rafael Ramos

Que eu seja forte, como o grito de guerra dos negros velhos, que na aflição encontraram sua força.
Que eu seja puro, como as crianças que encontraram na morte o recomeço da vida.
E assim como os índios e caboclos das matas, eu conheça a cura, a sabedoria, e a simplicidade.
Pra que nem na derrota, eu desista da luta e da evolução...
Que eu veja no aprendizado de hoje, minhas lições do passado.
Que eu seja guerreiro, extrovertido, como os baianos, pra que o convívio comigo mesmo seja mais que suportável.
Que eu tenha sorte no amor, na vibração das pomba giras, minha vida eterna seja boa companhia.
E assim como os guardiões, eu seja forte, sem perder a ternura, e não tenha medo da luta.
Pra que nem no desespero, eu perca a fé, a noção do amor e da caridade...
E que mesmo que seja traído, que tenha inimigos, eu não perca o amor ao próximo.
Que eu não esqueça meu caminho, que eu siga sempre a luz.
e pra me divertir, que seja como os exús, que na tristeza enxergam alegria, e nas trevas enxergam a luz.
Que eu seja criança, adulto e ancião.
Sendo puro, aprendiz e sábio.
Que eu seja sempre lembrado e testado...
Pra que minha vida não perca o sentido.
Que Ogum me proteja com sua lança de luz.
Que Oxúm me abençoe em seus grandes rios.
Que Iemanjá me lave em suas águas salgadas.
Que Xangô me mantenha em justiça.
Que Obaluae me permita ter saúde.
Que Oxóssi me traga a sabedoria.
Que Iansã abra meus caminhos.
Que Nanã me acaricie como neto.
E que quando encontrar me com o destino final de todo ser encarnado, seja abençoado por Omulú.
Pra que me torne, um mensageiro direto de Oxalá...
Salve o povo da direita, salve o povo da esquerda...
Salve a Umbanda!

terça-feira, 24 de novembro de 2009


Contraste

Os sonhos, os livros
O mesmo sentido faz
Quando a arte se mostra

Buscando conhece-los
E qual razão senão amor
Qual amor?
Não existe amor
Só existe a ilusão

E nada do que se quer
Se faz realmente
Lua e Sol
Luz e Trevas
Fogo e Àgua
Amor e Òdio

È o que desejamos acreditar

Apesar de sabermos
Que tais fábulas só pertencem
Ao irreal da vontade

Que só nos faz
Querer,ser e ter
Aquilo que nunca se realizará!!!

By:Mah

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Boa Noite!!!

Fogo e Mel



Minha mãe já havia me chamado, mas eu ainda não estava pronta, Rosália tinha ido buscar a tintura dos lábios.Olhando no espelho toda enfeitada, com minhas jóias, com a minha roupa tão colorida, eu tinha de admtir o quão bela era, não a mais bela, mas a textura e a cor da minha pele era tão sadia, tão bonita, meus olhos apesar de castanho eram tão grandes e profundos, e as linhas perfeitas do meu corpo, cintura fina, quadril avantajado, seios fartos, não era a toa que tantos homens caíssem de joelhos por mim.Mas meu coração só pertencia a um, só um desses homens, futuro líder do acampamento e meu futuro marido, viril e autêntico. Muitos o temiam, mas eu não, ele sempre caia ao meus pés também, e por mais que eu demonstrasse força sobre quais quer que fossem suas atitudes, internamente no meu amâgo, eu também caia aos dele. Estávamos prometidos há tanto tempo, dali uma semana seria nosso casamento e aquela seria a última noite que eu dançaria para que a praça toda olhasse e aplaudisse, mas mesmo assim dançaria para ele. Para que ele nunca duvidasse de que eu era á única cigana de nosso povo, e a única mulher do mundo certa para ele. Rosália havia entrado na barraca e me fitou com os olhos vidrados, eu conhecia aquela expressão, e um arrepio forte passou por todo meu corpo. E levantei e segurei firme nos ombros dela, perguntando o que ela via.E ele começo a chorar copiosamente, sussurando que tudo acabaria mal, por causa da minha ambição, luxúria, viadade e por causa da crueladade do meu pretendente. A soltei e dei uma bofetada em seu rosto, para que ela nunca mais se atrevesse á atribuir a mim aqueles tipos de defeitos. Ela saiu da barraca chocada dizendo que meu destino a partir daquele momento seria marcado com a dor e a morte, que eu nunca seria feliz e que ele me trairia diversas vezes com aquela para com a qual eu teria mais amor, consumando assim o maior pecado não só para os brancos, mas para nosso povo também. Quando ela se se foi , me virei, e fitei novamante meu rosto no espelho, e ele era incredúlo cheio de repugnância.Rosália não me afetará nem um pouco, sabia dos truques dela, e que a maioria deles era só para destilar sua inveja.Afinal eu teria tudo que ela sempre sonhou, e foi com este pensamento que meu rosto se iluminou com um sorriso, determinada a dar o melhor de mim naquela noite, sai extasiada da barraca. O ambiente todo estava fervendo, em apalusos e vivas, os violinos já estavam postos, olhei para todos aqueles patifes bêbados, que tanto me desejavam e gargalhei, nunca me teriam.Ele tocou meus ombros, e beijo de leve meus lábios, sentou próximo a fogueira, pegou seu fumo e olhou fundo em meus olhos apesar de toda sua soberania e poder e não podia negar requintes de crueldade, eu conseguia ver o brilho da paixão e a ternura do amor em seus olhos negros como a mais escura das noites.E era aquilo que me fazia o querer tanto e mesmo que secretamente cair de joelho aos seus pés também. Inspirada, começei a rodopiar em volta da fogueira,rebolando, movendo as mãos me insinuando, podia ver todos gritarem, podia sentir o fogo crescer dentro de mim á medida que os violinos aumentavam o ritmo.Eu fervia e transmitia tudo aquilo na minha dança, em determinados momentos parava para sentir o doce sabor do vinho.E quando voltava, voltava com a dança ainda mais feroz. Foi quando meus olhos cruzaram os dele, dançei em sua direção, me insinuando novamente só que dessa vez só para ele, o mundo era ele, tudo era ele.Ele agarrou com força meus braços, que ainda se moviam depois, fez questão de travar suas mão em minha cintura que ainda se rebatia, ele era grande demais, não me restava mais nada, seus lábios eram ferozes urgentes, seu corpo estava tão quente, ele era o caçador que abatia sua presa.Como um dia pude pensar que ele se ajoelhava aos meus pés.Era eu escrava dele, sua serva mais leal, e que mais o amava. Ele me pegou em seu colo ainda com muita força.Me levou para longe, eu não tinha força para pensar onde estávamos indo, vi a fogueira,a praça e o castelo se destanciando, e as estrelas brilhando faiscantes no céu. Fechei meus olhos, quando abri, via os tecidos coloridos que pendiam sobre oteto da barraca, meu sangue não esfriará nem um pouco continuava fervendo, e ele como o mais macho de todos os homens me fazia sua mulher. E eu com a intensidade daquele momento fechei meus olhos novamemente.Nenhuma predição atrapalharia aquele momento, independentemente do que o futuro nos trouxesse, erámos o seres mais felizes do mundo. Quando acordei , pude ver os primeiros raios de Sol entrando pele porta da barraca, me cobri e sai dela. O céu tinha a mais bela de toda as suas faces, tons de laranja, e rosa se mesclavam com o suave azul. Vi ele sentado sobre uma pedra, ainda sem camisa, sua pele mesmo morena transluzia sob o Sol, ainda me transmitindo calor, era lindo o cenário.Me coloquei em sua frente ele levantou seus olhos, me ofereceu seu sorriso, em seguida seus lábios, que já não eram mais ferozes, mas sim suaves, doces como o mel mais puro que as abelhas eram capazes de produzir.Era aquele beijo, que me fazia com que eu reconhece mesmo depois de tanto tempo, que era ele, e o que ele significava para mim. Eu me acomodei em seu colo, e pude sentir ao invés do calor excessivo da paixão, a brisa leve e morna do amor, sabendo que aquele era o sentimento que me faria eternamente dele e de mais ninguém.

By:Mah

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Saudações à todos!!!


Noite Azul

Eu estava muito nervosa, seria a primeira vez que faria na prática aquilo que aprendi na teoria, durante toda uma vida.
Não tinha cenário mais adequado do que aquele que estava na minha frente.Em especial naquela noite em que um ciclo se fechava para que outro fosse iniciado.
A Lua cheia cintilante no céu indicava que tudo de alguma forma daria certo, a clareira estava muito bem iluminada, o pio das corujas estava alto, a copa das árvores balançavam vagarosamente ao soprar dos ventos, e bem ao fundo se ouvia de forma clara o barulho da água fresca correndo.
Toda o nervosismo estava se esvaiando, eu havia nascido para aquilo.O próprio lugar onde eu estava dizia isso para mim, como se as imagens e os sons fossem muito além da minha visão e audição, sem contar todos os odores, maravilhosos e doces, que só as mais belas flores seriam capazes de exalar.
Ela minha Mãe estava comigo!!!
Ao meu lado havia diversas figuras do sexo feminino, todas vestidas com roupas claras e leves, na cabeça de cada uma assim como na minha se fazia presente um linda coroa de ramos.Todas formaram um círculo. E eu caminhei até o centro dele o caldeirão já estava posicionado, á lenha pronta para ser acesa, me dirigi ao norte, e vi o simples, mais belo altar, não exitei em pegar o punhal que tinha em seu cabo pequenos,mas brilhantes rubis.
Tracei o círculo invocando minha Mãe.
Clamei pelo Ar, pelo Fogo,pela Água, pela Terra e por fim pelo Espírito.
E pode sentir a leveza, a força, a purificação, a segurança e minha essência vivificada.
A fogueira havia sido acesa, e suas chamas criptavam alto, sim o fogo estava ali, o meu elemento estava ali, eu não tive outra alternativa se não agradecer Lug por aquele presente.
Começei a ouvi o soar dos tambores, e o assovio das flautas, buscando a origem do som vi ele, meu consorte pondo seu instrumento de lado e vindo em minha direção, entrgando á mim o doce balsámo presente no cálices em sua mão.Oh Deusa como eu o amava!!!
Dei um leve beijo em sua testa e ele na minha, beberiquei a bebida, depois dei ela a cada um dos presentes.
O som das flautas começava a aumentar mais e mais a cada instante, se instaurva um ritmo frenético e forte, meu corpo estava completamente ligado à minha alma e completamente desligado de minha mente.Movimentos eram feitos, não só por mim, mas por todos presentes, cada um dançava á seu modo, mas tudo se colocava em perfeita harmonia, a brisa do vento se intensificará, a chama da fogueira havai aumentado três vezes seu tamanho, e aos poucos gotas de água reconfortantes caia sobre minha pele, e a terra respondia ao meu chamado com leves tremores, era um extasê sem fim, uma alegria infinita.
Ainda dançando me dirigi ao centro do círculo e ajoelhei, tudo á minha volta ainda estava muito agitado, mas aos poucos vi as coisas se acalmando, com lágrimas nos olhos, olhei para a Lua no céu e agradeci, o que mais poderia fazer.
Mas derrepente sem nenhum aviso, a dor rompeu o fundo da minha alma, e o grito saiu cortante de minha garganta, mais rápido do que nunca pude imaginar, vi e senti novamente o peso e a dor de toda uma existência espiritual.Mas logo depois como a mais perfeita de todas as sensções, pude sentir o sangue arder em minhas veias com a força de meus ancestrais, o coração bater intensamente com a magnetude do amor, o ventre se retrair repentinamente por causa da geração de uma vida e a alma se unir novamente na certeza da fé.
Foi daquele momento em diante que senti que nunca mais estaria desamparada, e que eu assim como meus irmãs e irmãos, era uma partícula fundamental presente no Universo Divino da Criação!!!


By:Mah

sábado, 7 de novembro de 2009

Olá!!!

Âmbar
È incrivel como a cada toque da luz
Seus olhos transmitem
Uma infinidade de cores
Que calam fundo na minha alma
E fazem o meu corpo tremer

Cada curva
Que vai do formato da sua boca
Até onde se encontra tudo aquilo que te faz homem
Faz meus olhos vacilarem ao ter certeza se é verdade

Sua cor que lembra os dias mais quentes de verão
Que me passam um calor reconfortante e abrasador
Que faz com que a menor faisca se torne uma explosão dentro de mim

Seus cabelos que brilham como a noite
Macios como a mais fina seda
Acariciam meus sentidos
Arrepiam minha pele

E me faz só mais uma humana
Dentre tanta complexidade física
Indiscretivelmente bela e exuberante!!!


By:Mah