quarta-feira, 22 de dezembro de 2010



Poderia dizer-te
Ou simplismente chorar
Não há pronuncias
Para solidão

Digo
O que tu fez a mim
Na espera
De um consolo

Digo
Que já não há risadas
E a beleza inexiste
Em outros olhares

Não posso dizer
Que te esqueci
Em mim
Esquecimento não se faz

Estou só
Nem sentimentos vazios
Estão presentes em mim
Por quê?

Deserto se fez
Meu coração se perdeu
Não existem olhos
Que para mim se voltem

E eu
Cega estou
Ora bem, ora mal
Mas sempre igual

Felicidade se esvaindo
Só me resta a paz
Vinda da vida
Ou da morte

Não há solução
Não há expressão
Não há fugas
Só tristeza

Porque compreendi
Que não há dor maior
Do que a de amar
E não ser amada.

By:Mah

2 comentários:

Anônimo disse...

Solidão, que palavra é esta, que não satisfaz a língua?
Que sentimento vago, sem nexo, só faz sofrer aquele que em teu peito bate descontrolado.
Que fazer, a um pobre poeta que tenta num consolo,
Arrancar-lhe um sorriso?
Digo, pensas que no deserto não há olhares?
Não acredite em solidão, pois que quando menos espera aparece,
Em tua vida uma vaga e doce ilusão,
Esta ilusão pode lhe dar algum sentido,
Em tudo que esperas, paciência é a única arma que dispõe,
Este que quase para em teu peito, bate devagar, palpita em estratégia.
Não o deixes parar, apenas viva sua vida, e mostre seus olhos àqueles,
Que tem medo de amar, mostre que teus olhos, não serão enganados.
Solidão não existe, ésta, é um mero instrumento para provar sua força.
Não deixe cair as pétalas da flor que lhe foi dada, para colocares em teu cabelo.

Anônimo disse...

Há momentos infelizes em que a solidão e o silêncio se tornam meios de liberdade.